Até ontem eu te esperei. Com a certeza de que te esperaria por intermináveis dias de chuva. Não chegava a ser uma agonia. Apenas um desejo distraído e relembrado, em momentos de menor profusão.
Hoje, não sei bem por que razão, tinha um sol enorme brilhando na janela. Mecanicamente levantei e fui fazer o de sempre. Também mecanicamente me lembrei de você. Ou melhor, me lembrei de lembrar de você.
Você podia ter vindo. Eu estava à sua espera. Com o sorriso de sempre. O sorriso que eu sempre tinha pra você. Às vezes, eu até o guardava, só pra que não estivesse desgastado, no momento da sua chegada. Teria te oferecido, ainda, os olhos de que você gostava. Olhos dispostos a te querer incondicionalmente. Irracionalmente, como todo querer que se preze.
Você não veio. E saber disso, talvez seja maior que toda a minha espera. Vã. Não queria entender. Você falou das minhas mãos, dos meus olhos, do meu sorriso. E depois, não os quis pra você. Não mais. Palavras. Vãs. Você até quis se desculpar, alegando sua insensibilidade. Eu disse pra não se importar. Comigo me importo eu. E fico com a minha espera. Vã. O que eu quero dizer é que não tenho mais a certeza de esperar-te. Não sei se foi o sol, me despertando logo cedo. Arrancando-me da cama para mais um dia e para a obviedade das coisas. Uma obviedade estridente, que desarranjou os meus argumentos. Os mesmos argumentos de que eu precisava para sustentar essa espera. Não posso mais. O que não se sustenta, em pouco tempo deixa de existir. Esperei-te até ontem. Hoje, lembrei-me de lembrar que até os dias de chuva têm sua beleza.
Hoje, não sei bem por que razão, tinha um sol enorme brilhando na janela. Mecanicamente levantei e fui fazer o de sempre. Também mecanicamente me lembrei de você. Ou melhor, me lembrei de lembrar de você.
Você podia ter vindo. Eu estava à sua espera. Com o sorriso de sempre. O sorriso que eu sempre tinha pra você. Às vezes, eu até o guardava, só pra que não estivesse desgastado, no momento da sua chegada. Teria te oferecido, ainda, os olhos de que você gostava. Olhos dispostos a te querer incondicionalmente. Irracionalmente, como todo querer que se preze.
Você não veio. E saber disso, talvez seja maior que toda a minha espera. Vã. Não queria entender. Você falou das minhas mãos, dos meus olhos, do meu sorriso. E depois, não os quis pra você. Não mais. Palavras. Vãs. Você até quis se desculpar, alegando sua insensibilidade. Eu disse pra não se importar. Comigo me importo eu. E fico com a minha espera. Vã. O que eu quero dizer é que não tenho mais a certeza de esperar-te. Não sei se foi o sol, me despertando logo cedo. Arrancando-me da cama para mais um dia e para a obviedade das coisas. Uma obviedade estridente, que desarranjou os meus argumentos. Os mesmos argumentos de que eu precisava para sustentar essa espera. Não posso mais. O que não se sustenta, em pouco tempo deixa de existir. Esperei-te até ontem. Hoje, lembrei-me de lembrar que até os dias de chuva têm sua beleza.
3 comentários:
"O que não se sustenta em pouco tempo deixa de existir."
E o que não se sustenta não nos interessa!!!!! E foda-se quem não tem culhões!!!!
Iara Ga Iañez
Lu! Então és tu?
Vou passear pelos teus escritos e comento, comento.
Beijoca da Fê Favaro
ah, passa lá: http://monologosimpermanentes.blogspot.com
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