Eu posso te dar tudo em poucas horas. É só me dar tua mão e sentir. Vir comigo e fazer o tempo parar. Os minutos não vão se contar, enquanto minha mão estiver entrelaçada à tua. A tua dor não vai ser páreo pro meu sorriso. Vai se assustar e querer fugir. Vai se esconder dos meus afagos, como os meus dedos nos seus cabelos. Você vai poder ir longe, se eu estiver perto. Mesmo sem sair do lugar; apenas alcançando os meus passos. É só tirar teus pés do chão e reter teus olhos nos meus. Não precisa acreditar. Basta não duvidar. Os meus beijos vão te encher de vigor, se você precisar de coragem. Ou te amansar, se estiver destemido. E quando eu te abraçar, forte e suave, você vai querer ficar. Vai querer me amar. E, cansado, vai querer dormir. No meu colo. Por um breve instante. O breve instante que dura um amor.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
terça-feira, 24 de julho de 2007
Rotina
O despertar. Os cinco minutos extras que se estendem ... a dez, quinze, vinte ... e mais um começo de atrasos. O café quente e forte. O pão sem gosto. Porque, com exceção ao café, tudo é insípido em manhãs de gris. A roupa de sempre, com algumas poucas alterações. Tudo em perfeito automatismo. Os pensamentos já surgem, mas pra decidir ainda é muito cedo. Com algum esforço, talvez. Carro ou ônibus. "Bom dias", sorrisos, mais café ... o dia tem que começar. Uma tarefa, conversas, leituras. Almoço. Rápido. Frio e mais leitura, no sofá macio. A tarde chega e teima em ficar. Mais tarefas. Telefone. O doce que distrai. Hora de ir. Pra casa. Pro banho quente e pra cama macia. É tudo que se pode querer em um dia de frio. Que nada atrapalhe a rotina. Tão insípida quanto o pão da manhã. E que ela seja milimetricamente saboreada.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Vara o dia
vara o dia
varrendo a noite
cata um sonho
sonha um vento
algo que fique
por pouco
por muito pouco
um cisco que seja
algo que signifique
(Alice Ruiz)
varrendo a noite
cata um sonho
sonha um vento
algo que fique
por pouco
por muito pouco
um cisco que seja
algo que signifique
(Alice Ruiz)
sábado, 21 de julho de 2007
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Tô te explicando pra te confundir ...
Domingo fui assistir Fabricando Tom Zé. O documentário de Décio Matos Jr. mostra o músico e sua banda em turnê pela Europa e também no badalado Festival de Montreaux. Bem, Tom Zé sempre foi uma figura estranha pra mim. Tinha simpatia e tal, por conhecer a sua irreverência, mas nada que me fizesse parar pra prestar atenção. Fiquei impressionada! Tom Zé é incrível como artista e uma pessoa de um vigor fantástico. Além de seus experimentos musicais, seu conhecido e até folclórico jeito enigmático de falar, ele é delicado e firme, nas situações pertinentes. É delicado pra tratar as flores do jardim do prédio onde mora, em Perdizes, pra lidar com a população do mesmo bairro, pra fazer canções de amor pra essa cidade louca. E é firme pra falar a verdade. Pra dizer que Caetano e Gil o relegaram à margem do Tropicalismo e que isso lhe rendeu um ostracismo de muitos anos, gastrite, depressão ... Até que em um belo dia, eis que surge David Byrne. Ou melhor, eis que Tom Zé surge para David Byrne e ressurge para o público ... primeiro, o de fora, depois, aos poucos, o da terra basilis. Tom Zé é exageradamente firme consigo mesmo, ao não assumir sua genialidade e se dizer um "japonês" esforçado. O filme todo é sensacional, os depoimentos de Tom são engraçadíssimos e três momentos me chamaram muito a atenção:
- Tom Zé e banda passando som para o Festival de Montreaux - os produtores, ensnobemente, diziam não entender sua música "imprecisa". Depois de algumas tentativas sem sucesso e tendo aturado muito mais esnobismo, Tom Zé não aguentou e os botou pra correr, os mandou "pra porra", no melhor estilo baiano. Não admitiu a humilhação. Dá-lhe, TOM!
- O excelentíssimo Ministro da Cultura, Gilberto Gil, diferentemente de Caetano, que titubeou, mas assumiu a mesquinhez, disse que não retomou as relações tropicalistas com Tom Zé, pq foi opção deste se recolher. Um puta cara dura! Toma vergonha, ministro!
- A Neusa - Neusa é a companheira de muitos anos de Tom Zé. E Neusa o ama, o acompanha e o auxilia com paciência, fidelidade e desprendimento caninos. Esclarece que o marido, quando compõe, fica nervoso e a trata mal. Tom corrobora. Mas Neusa compreende. Diz, em certo momento, não ter a veleidade de ter muita importância na vida dele, pq, afinal, ele é artista. E, para artista, explica, o que interessa é a arte. Neusa deve ter visto que, propositalmente, na edição do filme, logo anteriormente ao que ela disse, Tom dizia que sua vida, hoje, é dedicar-se ao bem-estar da mulher. Tá certo, Tom Zé não é muito romântico mesmo. Declara que se casou com a Neusa pq era inseguro e ela lhe aliviava as aflições. Segundo ele, sentir-se seguro é uma forma de amar. Pode ser.
A partir de agora, quero sempre parar pra prestar atenção em Tom Zé.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
Humildemente
A Iara disse esses dias que, às vezes, eu tenho uma modéstia "mal colocada". Expliquei que a minha repulsa a qualquer tipo de esnobismo é tão grande, que acabei desenvolvendo o mecanismo contrário. Mas pensei que modéstia também pode ser parecido com humildade. Só que nunca gostei muito desse negócio de humildade. Mas agora gosto.
"Gosto dos que crêem na própria insanidade
por saberem-se humanos, limitados, miseráveis
e com isto exercitam a humildade
conscientes de estarem aprisionados
nesta pobre casca humana até morrer
Não gosto de ares de superioridade
(os parâmetros são tão tênues e precários!)
não concedo a ninguém autoridade
- Oh, esses deuses e deusas sectários -
pontificando sobre a vida e o que fazer"
(Eliane Stoducto)
"... só são humilhados os que não são humildes, e em vez de humilhação então eu deveria falar na minha falta de humildade; e a humildade é muito mais que um sentimento, é a realidade vista pelo mínimo bom-senso ..."
(Clarice Lispector)
"Gosto dos que crêem na própria insanidade
por saberem-se humanos, limitados, miseráveis
e com isto exercitam a humildade
conscientes de estarem aprisionados
nesta pobre casca humana até morrer
Não gosto de ares de superioridade
(os parâmetros são tão tênues e precários!)
não concedo a ninguém autoridade
- Oh, esses deuses e deusas sectários -
pontificando sobre a vida e o que fazer"
(Eliane Stoducto)
"... só são humilhados os que não são humildes, e em vez de humilhação então eu deveria falar na minha falta de humildade; e a humildade é muito mais que um sentimento, é a realidade vista pelo mínimo bom-senso ..."
(Clarice Lispector)
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Este texto roubei de um blog, onde já estava, roubado de outro. Não resisti. Não posso ficar falando do Chico, porque acabaria sendo monotemática.
Chico - o quinto poder
12/03/2007
Essa semana fiz uma cagada! Das grandes, das piores, quase que imperdoável. Eu posso chegar aqui e dizer "O papa é um louco", ou "O Pelé nunca jogou nada", "A Gisele Bündchen tá gorda", que a seleção da Argentina é melhor que a nossa, posso falar que Einstein era um idiota, até dizer que Deus não existe ou que Ele é uma invenção da Rede Globo. As pessoas aceitam tudo isso, teríamos algumas pequeninas discussões, mas sempre teriam pessoas que concordariam comigo. MAS, se um dia eu vier aqui no blog e escrever algo do tipo: O Chico Buarque é uma enganação, pronto.............serei exilado, castrado, jurado de morte, minha mulher (ou nenhuma outra) nunca mais fará sexo comigo, nunca mais me atenderão no restaurante, o flanelinha riscará o meu carro , não me deixarão votar......Serei banido, sem perdão, da sociedade brasileira. Cairei no mesmo esquecimento que uma CPI no congresso, ou que o Túlio Maravilha. Nunca vi ninguém no Brasil falar mal do Chico ou mulher que não o ame. Chico Buarque é o quinto poder! Alguns dizem que ele entende a alma da mulher. Na Paraíba, chamam isso de outra coisa. Aquele viadinhodusinfernus! Por que isso? Como que esse cara conseguiu isso? Virou uma unanimidade! Desbancou até Nelson Rodrigues, pois segundo o dramaturgo "toda unanimidade é burra". Pois as pessoas preferem ser chamadas de burras, do que trair o "homem perfeito de olhos cor de esmeralda". Como ele consegue isso.....aquele bosta?!!! Como conseguiu se comunicar com todo intelectual e ao mesmo tempo com uma grande parcela do povo brasileiro? Aquele merda! Sempre preferi Aldir Blanc à Chico Buarque como letrista, ou Tom Jobim e Guinga como compositor, sempre achei o Caetano mais artista do que o Chico, o Gil mais músico, mas......nenhum deles junta tudo isso, com tamanha competência, num só. Os olhos do Fabio Assumpção são mais bonitos, o Romário joga mais bola, o Super-Homem voa mais alto. Mas tudo junto num homem só? Só ele, Chico Buarque de Holanda. Que SACO! Essa semana cometi uma imprudência. Numa roda de amigos e conhecidos, disse: "Não gostei do novo CD do Chico Buarque". Afirmei "Pode até não ser uma porcaria, mas que é decepcionante para um sujeito tão talentoso que ficou tanto tempo sem compor...." ......Pronto! Agredido de maneira cruel e implacável, fui obrigado a sair da mesa correndo. Fugi como um atropelador de motoboy à beira do linchamento. Semanas depois soube que meus amigos espalharam um boato que eu tinha sofrido abuso sexual do meu tio Cláudio quando eu era criança. Esse povo é foda! Gosto de falar mal das coisas (ou bem, sempre do lado inverso à maioria), meter o pau, na maioria das vezes é por brincadeira, pras pessoas ficarem incomodadas e a partir daí termos uma caminhada de discussões (saudáveis exercícios intelectuais). Mas falar mal do Chico é foda......é um tremendo filho da puta! POIS CHEGA! Eu não vou me intimidar perante a opinião pública, vou falar, custe o que custar................ELE NÃO SABE JOGAR GOLFE, pronto falei!!!! É bom que o "meliante" saiba que depois dessa minha "notícia bombástica", os fãs não irão mais ao show no Teatro Guaira, ainda que tenha esgotado os ingressos, pois todos sabemos a importância do jogo de golfe na cultura brasileira. Pronto, acabei com a carreira dele........Eu sou muito mal mesmo! Falei mal e pronto!
ps: Vcs não me verão na platéia, pois ver o Chico, no palco e cantando, é uma dessas coisas que não me interessam muito. Mas não é raro eu ouvir as canções do Chico - nem que seja só para ficar lendo as letras e tentando entender como ele consegue fazer aquilo. Que raiva daquele desgraçado! É um FILHO DA PUTA!!
ps2: 85% dos ingressos foram comprados por mulheres, 85% casadas. 85% dos homens que estarão no teatro serão arrastados pelo cabresto de sua companheira. 100% dos homens tem inveja de Chico Buarque de Holanda.
Demasiado humano
Hoje eu acordei tomada de humanidade. Essa humanidade que, às vezes, adormece e, quando menos se espera, retorna exasperada. Vontade de sair e sentir o vento gelado, olhar no rosto das pessoas e me comover com isso. Sim, me comover com qualquer coisa. Qualquer coisa que pareça grande. E a existência de qualquer um é grande o suficiente pra me perturbar. Rostos estranhos que inspiram, primeiro, a surpresa - o outro. Depois, a curiosidade - quem será o outro? E também uma ternura - eu poderia ser o outro. Um gesto, uma palavra, tudo é enorme. Será que cabe? Desejo doído de ser parte dessa enormidade. De abraçar o mundo, de contê-lo em mim. Necessidade de ouvir tudo o que bate ou sussura - porque, no fundo, é sempre um grito. De enxergar os sorrisos e os cortes profundos. De experimentar o sal e tatear as asperezas. Mas, sobretudo, de ser parte, constituinte, pedaço. E, como porção desse todo, ter direito ao punhado de humanidade que me cabe. Ter direito a um cuidado, um afago, um compromisso, uma batalha, uma aflição. E poder sentir, em toda parte, a humanidade que há em mim.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Medo 2
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor
(Não me deixe só, Vanessa da Mata)
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor
(Não me deixe só, Vanessa da Mata)
O medo
Medos inúteis que cultivamos:
- panela de pressão
- não ser feliz
- barata
- dizer "eu não posso"
- dizer "eu preciso"
- pisar no piso gelado e pegar resfriado
- demonstrar interesse e o/a super cauto/a desaparecer
- passar por debaixo da escada e ter azar
- ter celulite e ser menos por causa disso
- ter bom senso e não ser mais por causa disso
- escolher a profissão errada
- apaixonar-se pela pessoa errada
- vestir a roupa errada
- dar o conselho errado
- fazer qualquer coisa errada
- escuro
- altura
- solidão
- sangue
- amar demais
- amar de menos
- não ser bom o suficiente
- não ser esperto o suficiente
- não ser bonito o suficiente
- não ser o que imaginam que sejamos
- sentir medo
"Miedo que da miedo del miedo que da" (Lenine)
- panela de pressão
- não ser feliz
- barata
- dizer "eu não posso"
- dizer "eu preciso"
- pisar no piso gelado e pegar resfriado
- demonstrar interesse e o/a super cauto/a desaparecer
- passar por debaixo da escada e ter azar
- ter celulite e ser menos por causa disso
- ter bom senso e não ser mais por causa disso
- escolher a profissão errada
- apaixonar-se pela pessoa errada
- vestir a roupa errada
- dar o conselho errado
- fazer qualquer coisa errada
- escuro
- altura
- solidão
- sangue
- amar demais
- amar de menos
- não ser bom o suficiente
- não ser esperto o suficiente
- não ser bonito o suficiente
- não ser o que imaginam que sejamos
- sentir medo
"Miedo que da miedo del miedo que da" (Lenine)
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Iara
Hoje vou falar de uma Iara. Ou duas. Uma, a Iara sereia, dos livros de folclore; outra, a Iara mulher, da vida real. A Iara real, diferente da mãe das águas, não tem longos cabelos negros e pele morena. Sua pele é clara como a luz, e seu cabelo loiro vai um pouco abaixo da nuca. Não me lembro de ter visto a Iara mulher banhar-se em algum rio; em mar, sim. Mas ela gosta mesmo é de mergulhar na vida. Mergulhos constantes, de magia e beleza sem fim. A lenda amazônica diz que a sereia Iara é de esplendor irresistível e seduz com seu canto aqueles que a avistam e ouvem. A Iara mulher não arrasta ninguém consigo para o fundo das águas, e ainda que adore as profundidades, já a vi emergir aqueles que dela quiseram ser escravos. A lenda diz também que Iara, antes de virar sereia, era a melhor guerreira da tribo, amada e invejada por todos. Quanta coincidência com a Iara da vida real – que não foge ao bom combate, e muito embora seja de paz, luta com armas brancas contra os perigos de sua existência! Mais um ponto de apoio tem a Iara mulher na fábula da sereia: quem a vê, nunca mais a esquece. Sim, não dá pra passar por ela (passar tendo ficado ao menos um pouco), sem aprender algo essencial, sem acreditar nas cores que não se definem, sem sentir vontade de roubar um pouquinho só da verdade de sua alma. Iara é assim: atordoante! Deve ser mal de nome de sereia.
A Iara real faz hoje 37 anos e, ao contrário da Y-Yára – "a que mora na água", mora em todos os lugares. Porque é um belíssimo sinônimo de liberdade. É tão linda quanto a do mito das florestas, mas sua beleza tem mil brilhos diferentes. A Iara mulher de que falo é a minha melhor amiga, minha irmã querida, a mãe da Mirrah. E é pra ela que eu me rendo em homenagens. Hoje e sempre.
A Iara real faz hoje 37 anos e, ao contrário da Y-Yára – "a que mora na água", mora em todos os lugares. Porque é um belíssimo sinônimo de liberdade. É tão linda quanto a do mito das florestas, mas sua beleza tem mil brilhos diferentes. A Iara mulher de que falo é a minha melhor amiga, minha irmã querida, a mãe da Mirrah. E é pra ela que eu me rendo em homenagens. Hoje e sempre.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Sexta tá chegando ...
E sexta é dia de:
( ) Samba no Ó
( ) Original gelada
( ) Papo bom com gente boa
(X) Todas as alternativas
( ) Samba no Ó
( ) Original gelada
( ) Papo bom com gente boa
(X) Todas as alternativas
Anti-deprê
Depressão?
Não, a vida não me declina
Não debilita
Não me abate, nem cansa
A vida me chama, me atiça
e me assanha
E mesmo quando me tomba,
me esfola e me despe
Em seguida, me empuxa e me ganha
Depressão?
Não! Volte com seus remédios
Seus credos, seus tédios
Seus risos-disfarces,
ilusões de minutos
Aos paraísos artificiais
Prefiro os infernos reais
De dor e delícias
De purgar emoções
E amar as canções
Depressão?
Não, estou viva.
E nada é maior que isso.
(Inspirado em Overdose de Vida, de Iara Ga Iañez)
Não, a vida não me declina
Não debilita
Não me abate, nem cansa
A vida me chama, me atiça
e me assanha
E mesmo quando me tomba,
me esfola e me despe
Em seguida, me empuxa e me ganha
Depressão?
Não! Volte com seus remédios
Seus credos, seus tédios
Seus risos-disfarces,
ilusões de minutos
Aos paraísos artificiais
Prefiro os infernos reais
De dor e delícias
De purgar emoções
E amar as canções
Depressão?
Não, estou viva.
E nada é maior que isso.
(Inspirado em Overdose de Vida, de Iara Ga Iañez)
Doação
Doe um livro repetido
Doe um sorriso sincero
Doe um agasalho
Doe cinco minutos de conversa com um quase desconhecido
Doe 450 ml de sangue
Doe calor
Doe respeito
Doe confiança
Doe-se!
E receba, em troca, um pouco de vida.
Doe um sorriso sincero
Doe um agasalho
Doe cinco minutos de conversa com um quase desconhecido
Doe 450 ml de sangue
Doe calor
Doe respeito
Doe confiança
Doe-se!
E receba, em troca, um pouco de vida.
Vem!
Tentei colocar só um trecho, mas amo cada verso, cada sílaba dessa música ...
(Sem fantasia, Chico Buarque)
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus
(Sem fantasia, Chico Buarque)
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus
quarta-feira, 4 de julho de 2007
FORA RENAN!
Eu ando bem desatualizada dos diários políticos, que hoje são quase sempre político-policiais, mas acho que com o pouco de informação que me ilumina, tenho o direito de não conseguir entender o que é que o ilustríssimo senador Renan Calheiros ainda faz no Senado!!! E o Roriz? Cara, isso é muita piada! Alguém te dá cheque de R$ 2,2 milhões pra devolver troco de R$ 1,9? Quem consegue acreditar nisso?! Como é que se prova inocência com empreiteira pagando conta de pensão?! Insano! E junta relator, e desfaz comissão, e nomeia relatoria, desnomeia ... puta palhaçada! Isso porque as excelências quase não são, como se diz no jargão popular, manjadas! O Renanzinho é (ou era) o amigo de longa data do ex-presidente Collor, cuja candidatura ajudou a lançar. Lembro que numa aula de Jornalismo Opinativo, há milênios atrás, discutíamos uma manchete da Folha de São Paulo. Renan tinha assumido a pasta da Justiça no governo FHC. A Manchete dizia algo como "Aliado (ou ex) de Collor assume a pasta da Justiça". Bem, a questão proposta pelo nosso professor, Sérgio Rizzo, era se a colocação do jornal tinha ou não um caráter opinativo, tendencioso, parcial. Chegamos à sensata conclusão de que não, de que o jornal lançava apenas uma referência objetiva, que seria vista como positiva ou negativa, de acordo com as inclinações do caro leitor. Enfim, isso não tem nada a ver com o papo atual, mas foi bom relembrar dessa aula de JO. Não tô entendendo como ninguém se indigna, ninguém vai pra rua, ninguém se mexe pra expulsar o Renan, o Roriz, os mensaleiros, os sanguessugas ... Será que eu tô viajando muito? Que pena que isso aqui não é uma Argentina! Nuestros hermanitos no les perdonarían ... lo creo. Lanço, solitariamente (será que rola uma comuna no orkut?), nesse espaço por ninguém lido, a camapanha FORA RENAN!
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