sexta-feira, 22 de junho de 2007

Mães

Ainda estou pasma com a incrível novidade de ser tia. Já que ter o meu próprio rebento me parece um acontecimento bastante remoto, já me vejo embalando o pimpolho da Ni e falando com ele com aquela ternura que só as mães têm. Mesmo que sejam mães de cachorro. Sim, falar com o cachorro como se fosse filho é coisa de mãe. E nisso até já tenho certa prática. Além do pimpolho da Ni, vou poder extravasar o meu instinto materno, que ainda tem muito que aflorar, com o pimpolho da Té, meu futuro afilhado. E pensando em mães e pimpolhos, penso na minha avó, que era mais que mãe pra pimpolha que eu ainda era, quando ela estava por aqui, há bem pouco tempo. Perder avó é quase o mesmo que deixar de ser criança, ainda que a criança tenha 30 anos. E a Ni, entre enjôos e exames, hoje soube de uma notícia profundamente infeliz. Um aluninho de seis anos, o mais esperto da turma, acaba de perder a mãe. Só uma coisa me vem à mente: criança nenhuma devia perder a mãe. Devia ser proibido e estar no estatuto. Começo de tarde triste.

Nenhum comentário: