Hoje é aniversário do centenário de morte de Machado de Assis. Quem acompanha o mundo das Letras sabe que não se fala em outra coisa, desde que o ano começou. E os clichês se repetem em tudo quanto é reportagem, afinal os comentaristas/literatos/críticos/professores já esgotaram o repertório. Professor Pasta, que sabe tudo do "bruxo do Cosme Velho", ou sobre "o negro, pobre, gago e epilético que se transformou no maior escritor de nossa literatura" (haja papagaio pra repetir isso!) deve achar graça. Eu acho! Até porque Machado foi mesmo o maior sociólogo desse país. Não dá pra entender o Brasil sem Machado (xiiiii, mas isso também é clichê!). Pra não correr risco de ficar falando bobagem, então, me lembro de duas coisas que me marcaram na obra do "mestre" (sem essa palavra não se fala em Machado). A primeira foi, durante a releitura de Dom Casmurro, descobrir que Capitu era inocente. Sim, eu descobri! Vocês ainda têm dúvidas? Capitu não traiu Bentinho (ainda que ele merecesse). O doido do Bento Santiago era completamante descontrol, tadinho! Outra coisa que me lava a alma em Machado é a ironia. Característica básica e fundamental de boa parte da narrativa de seus personagens, a ironia é que torna sua obra literatura, e não tratado de sociologia.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
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