sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Cheiro de flor


Hoje, na Casa das Rosas, não havia nenhuma. Estranhei o jardim deserto. Depois me lembrei: não é mesmo tempo de rosas. E tenho percebido isso melhor do que ninguém. Mas sei que há brotos prontos para florescer. Que setembro venha logo e traga a primavera! Quero as rosas que você plantou em mim. Chega de ser espinhada pela saudade! Quero o perfume doce de flor bem no meu nariz. E a maciez das pétalas na minha pele. Você disse que a vida é difícil sem pontuação. Vejo que é o contrário. Como doem essas pausas longas, tantos pontos de interrogação (apesar de uma certeza absoluta, insuperável). Ponto final, então, pra quê? Não podíamos deixar a vida simplesmente correr, indefinidamente? Mas sem ponto não se muda de parágrafo, nem de história. Com você eu só quero reticências. Quero uma primavera inteira, todas as estações, e posso deixar as rosas pra depois. Agora eu tô de olho mesmo é numa vitória- régia. Aliás, que bobagem o nome homenagear rainha inglesa. Uapé é tão mais bonito! Bonito como o meu sorriso perto do teu. Eu vou. Quero deitar numa uapé contigo e me inundar de exclamações.

Um comentário:

Anônimo disse...

EU TE AMO!!!

TCPS